quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Transliteração (ou romanização) de nomes japoneses

Transliteração (ou romanização) de nomes japoneses

Houve e há vários sistemas de transliteração do japonês para o alfabeto romano. Alguns são usados exclusivamente no Japão, mas o sistema Hepburn, desenvolvido pelo reverendo James Curtis Hepburn, é um sistema adotado também no Japão para romanizar nomes em passaportes e em outras situações que envolvem
relações com estrangeiros como sinais de trânsito, avisos e informações.
No Brasil, o sistema Hepburn costuma ser adotado quando se elabora dicionários japonês-português quando não há maiores preocupações com a fidelidade da pronúncia.[2] Já a transliteração de nomes japoneses pode ser feita em convenção Hepburn seguindo uma sugestão da representação oficial do governo japonês.[1]
O jornal O Estado de São Paulo provavelmente adota o sistema Hepburn indiretamente quando reproduz os nomes japoneses distribuídos pelas agências de notícias internacionais. Para este jornal já há muitas palavras japonesas comuns que se escrevem na forma aportuguesada, como saquê, quimono e camicase, mas Tóquio é o único topônimo aportuguesado pela redação do jornal.[3]
Uma transliteração baseada na fonética e acentuada de acordo com as normas gramaticais é uma recomendação nativa fundamental e é a que prevalece na ausência de um sistema oficial de transliteração, mas uma versão romanizada de nomes japoneses, tendo por base a pronúncia, gera muitas versões fonéticas e pouca redundância. Para maior uniformidade o recomendável é que a transliteração continue baseando na pronúncia escrita em japonês (furigana) em katakana ou hiragana e se utilize preferencialmente o sistema de transliteração Hepburn que foi criado para transliterar o japonês para ocidentais, mas sem perder de vista a ocorrência de eventuais transgressões gramaticais e infidelidades fonéticas.
No sistema Hepburn, as consoantes têm pronúncia inglesa e as vogais pronúncia latina. Uma conveniência do sistema está no h que é aspirado no inglês e a ausência de sinais de acentuação que melhor representam a tonicidade (ou a não tonicidade) das palavras japonesas; alguns inconvenientes estão nos dígrafos chi que em português é mais similar ao shi do que ti, e nos dígrafos ge e gi que, no Japão, são sempre pronunciados como gue ou gui do português.
Assim, Shigueru soa melhor em português do que Shigeru em Hepburn; Mitiko soa melhor que Michiko; e assim costuma ser feito no Brasil.

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