Nomes de outros grupos étnicos no Japão
Muitas minorias étnicas que emigraram para o Japão após a Segunda Guerra Mundial, principalmente coreanos e chineses, adotam nomes japoneses para facilitar as comunicações e também como uma maneira de evitar serem discriminados. A origem desse costume remonta à política da eracolonial que permitiu a muitos coreanos trocar seus nomes para nomes japoneses. Uns poucos mantêm seus nomes na língua materna. Entre eles, Chang Woo Han, fundador e presidente de Maruhan Corp., uma enorme cadeia de patinko no Japão.
Há que se considerar que a obtenção da cidadania japonesa requer o uso de um nome japonês. Nas últimas décadas o governo tem permitido a alguns indivíduos simplesmente adotar versões em katakana de seus nomes quando postulam a cidadania. O membro do parlamento Tsurunen Marutei (ツルネン マルテイ), chamava-se Martei Turunen. Outras pessoas transliteram seus nomes foneticamente para o silabário japonês e depois compõem um nome em kanji como David Aldwinckle, que se converteu em Arudou Debito (有道 出人). Há inclusive aqueles que decidiram adotar nomes japoneses tradicionais, como Lafcadio Hearn, que empregava o nome de Koizumi Yakumo (小泉 八雲). -À sua época, para obter cidadania japonesa se exigia ser adotado por uma família japonesa (no caso Hearn, a de sua esposa) e tomar seu sobrenome.
O romaji não é utilizado em documentos oficiais do Japão, sendo adotado apenas para elaboração de versões internacionais de documentos oficiais.
Aqueles indivíduos nascidos no exterior, com um nome ocidental e sobrenome japonês (no caso, Nikkeis), recebem um nome que é escrito em katakana. Por exemplo, Eric Shinseki é referido como エリック シンセキ (Erikku Shinseki). Porém nem sempre é assim. Pais japoneses podem ter preferência pela precedência do sobrenome antes do nome e também pela adoção de nomes em kanjis, especialmente se o filho já tiver um nome japonês.
Desde 2001, existe uma restrição à adoção de nomes que iniciam com o caracter "v" em nomes pessoais, a menos que um de seus pais seja de origem estrangeira. O silabário japonês não contempla as sílabas va, ve, vi, vo e vu do português, tendo o ba, bi, bu, be e bo dos kanas como suas melhores aproximações. Na romanização, a (re)transliteração do nome japonês nomes como Vanda (バンダ) e Viviane (ビビアネ) seriam escritos como Banda e Bibiane.
Os sistemas internacionais ISO 3602 estrito e ISO 3602 são homologações dos sistemas de transliteração Nihon-shiki e Kunrei-shiki, respectivamente, para transliteração em escrita kana usados no Japão, mas que são desrecomendados pela representação oficial no Brasil para efeito de transliteração de nomes pessoais
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